Brasília – Mesmo daqui de longe, pela manhã na participação do programa apresentado pelo jornalista, radialista e professor Marcos Rodrigues, na Rádio Jornal AM 710, ele me questionou sobre os resgates de presos em delegacia, com a humilhação de policiais.

Respondi pelo ângulo da violência, que está desenfreada e não é apenas em Alagoas; aqui em Brasília também. Mas, ao conversar pelo telefone com algumas fontes aí no Estado eu estou agora desconfiado e com uma dúvida atroz: será que esses resgates não estão sendo realizados pela “banda podre” da polícia?

Sim, porque como todos sabem até o dia 31 de dezembro de 2006 a polícia alagoano viveu sob a direção da “banda podre” – que é aquela envolvida com assaltos a bancos, roubo de carros e de cargas.

E essa “banda podre”, infelizmente, ainda continua na ativa. Uns até enriqueceram montando empresas que, além de exigir grande capital de giro, também exige tecnologia de ponta, tal qual a fábrica de “tanques de guerra” no Barro Duro – o que a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e, sobretudo, a Receita Federal já devem estar investigando, porquanto só há similar em São Paulo.

Mas, esse será o próximo capitulo.

E por que da dúvida atroz? Porque no governo Téo Vilela não houve mais assalto a banco em ano eleitoral, e quem ousou assaltar foi preso; nenhum assalto a banco, como acontecia até o dia 31 de dezembro de 2006, ficou impune.

Mas, a tropa da “banda podre” não capitulou e se não pode mais assaltar bancos passou então a arrombar caixas eletrônicos com maçarico. Mas, a nova polícia alagoana, comandada e dirigida pela “banda boa”, também agiu e descobriu os meliantes – e nunca mais o maçarico atuou e não é por falta de oxigênio.

Uma pausa: os assaltos aos caixas eletrônicos na Secretaria Estadual de Educação, e um deles com a cena inusitada com o assaltante pagando a corrida do táxi que levou a esposa de um dos vigilantes até a Secretaria, é fácil de desvendar agora com a prisão da quadrilha do maçarico.

Facílimo.

Não vamos cantar vitória antes do tempo, porque a “banda podre” está desesperada e é capaz de tudo para despistar, mas vamos sim comemorar porque o Estado agora tem um governador que não hesitou nem deu ouvido aos “gritos” daqueles que defendiam mudanças no comando da segurança pública do Estado e agora se sabe o motivo: é que, como o coronel Dário César, com os delegados Marcílio Barenco, José Edson, e outros, bandido é bandido e polícia é polícia.

Antes deles, havia a relação pecaminosa e não se sabia quem era quem. Ou melhor: sabia-se que eram mais bandidos que polícia.

Daí, fico eu cá a matutar contemplando os ipês que vicejam nessa época no cerrado: será que esses resgates não são obras da “banda podre” para recrutar mão-de-obra e, de quebra, provocar os dirigentes atuais da polícia e o próprio governo?

Pense nisso!