De Itamar eu me lembro bem. Ainda criança, vibrei com a queda de Collor. Naquela época, enquanto o vice estava encostado, Collor praticava corridas em Brasília e andava de jet ski no Lago Paranoá. Era uma presepada. O país mergulhado em inflação e o presidente era um pop star.
Bom, mas aí veio o impeachment – que não chegou a acontecer, por causa da renúncia covarde de Collor. Restou ao novo presidente uma tarefa complicada. Continuar a abertura da economia e acabar com a inflação absurda que impedia qualquer possibilidade de uma vida digna para os pobres brasileiros.
A diminuição da pobreza começou realmente aí. Não começou nem com as bolsas de FHC, nem com a de Lula. Foi Itamar que teve a coragem bancar um plano audacioso que nos salvou, meus amigos. Tolos os que pensam que os pobres podem consumir hoje por causa de Lula. Se fôssemos depender do PT, não haveria Plano Real coisa nenhuma. Estaríamos comprando um confeito por um milhão de cruzeiros.
Itamar conseguiu, em pouco tempo de governo, um feito notável. Deu início ao processo de estabilização econômica e implementação das medidas – que o PT qualifica até hoje como neoliberais – que tiraram o país do atraso do estatismo. As grandes privatizações começaram com ele!
Tudo que hoje faz com que o Brasil possa crescer e gerar riqueza começou com Itamar. Só por isso, já merece minha total admiração. Além do mais, sempre foi um político coerente e corajoso. Até quando fez bobagem (como quando era governador de Minas e se opôs a FHC ou quando trouxe o fusca de volta), fê-lo de forma enfática e determinada. A oposição de hoje não sabe o que é isso.
Por tudo isso e pela sua honestidade, tem minha admiração e respeito. Que Deus o tenha.