Um dos principais males que impedem o crescimento do Brasil, sem dúvida, é a corrupção. Não se vê como um país pode crescer com tanta gente passando a mão no nosso dinheiro sem nenhum escrúpulo.
O governo Lula deu uma grande contribuição para essa realidade. Não quero dizer que a corrupção aumentou. Não dá para provar isso. Mas posso dizer que o discurso petista de relativizar a corrupção contribuiu muito para fazer definhar o pouco de ética que ainda subsiste na política.
Antes do mensalão petista, roubar era crime. Depois, roubar para o bem coletivo passou a ser algo perdoável. Até hoje escuto alguns petistas que sequer têm vergonha do mensalão. Alegam que faziam o que todos fazem e que só caíram porque foram inexperientes. Ademais, faziam pela manutenção do poder. Pelo bem do povo, não é?
Hoje, o que temos? Duas das propostas mais absurdas que eu já ouvi falar. Os petistas do governo estão entusiasmados. Primeiro propõem a relativização das garantias do processo licitatório para obras da Copa do Mundo de Futebol. Uma licitação diferenciada, sabe? Depois, não satisfeitos, defendem o sigilo do orçamento para as tais obras.
É piada? Não, é Brasil.
Chega a ser ridículo a presidente Dilma justificar o sigilo alegando a possibilidade de formação de cartel. Até parece que essa possibilidade não existe sempre! Supõem que somos idiotas ingênuos? Querem enganar quem?
Amigos, vejam só como as coisas são feitas nesse governo. Sabemos da Copa do Mundo faz tempo. Agora, faltando 3 anos para o Mundial, o governo descobre que não vai dar tempo de fazer as obras públicas básicas. Não estou falando nem de transporte público ou acessibilidade urbana. Estou falando de estádios. Elefantes brancos que estão sendo construídos a todo custo e estão com obras atrasadas. Para acelerar as obras, mais dinheiro, menos fiscalização e sigilo!
Como vemos, não temos planejamento nenhum e, quando o prazo aperta, o governo dá uma solução simples, mas errada. Libera geral para os corruptos e impede a sociedade de fiscalizar.
Às vezes sou otimista com o Brasil. Nessas horas, porém, fica difícil...