Brasília – A reunião dos governadores com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi cordial e o ministro se mostrou “sensível” à situação dos estados na questão da dívida com a união, mas foi taxativo ao se posicionar contrário a troca do IGP-DI pelo IPCA como indexador da correção da dívida.
Logo após a reunião com o ministro da Fazenda, o ex-governador de Santa Catarina, e atual senador Luiz Henrique, foi ao gabinete do senador Renan Calheiros, na Liderança do PMDB no Senado, e contou que o seu Estado devia 4 bilhões de reais à União, já pagou 6 bilhões e ainda está devendo 10 bilhões de reais.
- “Isto é a prática da usura” – definiu Renan, para garantir depois que o PMDB não vai abrir mão de um novo indexador da dívida.
-"É agiotagem" - completou o senador Eunicio Oliveira, que estava no gabinete de Renan.
- “Com o atual (indexador) chega-se a 18% de juro e isto é um absurdo” – completou Renan.
O vice-governador José Thomaz Nonô participou da reunião, representando o governador Téo Vilela, e também defendeu a mudança do indexador. Alagoas paga por mês, de juro, R$ 40 milhões de uma dívida que se encontra hoje perto de R$ 7 bilhões.