Se a esticarem um pouquinho a investigação sobre irregularidades no INSS em Alagoas é possível descobrir casos escabrosos de aposentadorias arranjadas, que envolvem servidores da instituição e “cabos eleitorais”.
Há denúncias de que em Capela, Traipu e Santana do Ipanema os “cabos eleitorais” agem como “despachantes” – que trocam aposentadorias e benefícios por votos.
O esquema é antiqüíssimo e explica mandatos eletivos fáceis.
Mas, há também os que agem por vantagens financeiras. O esquema é assim: o contemplado com o benefício paga um percentual; se for aposentadoria, há denúncias de que até os três primeiros salários ficam com o “despachante” – que rateia o dinheiro com os servidores responsáveis pela aprovação da proposta.
Para ajudar na investigação seria oportuno que se aproveitasse o momento para “municiar” a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A sangria na previdência social é grande e não é exclusividade de Alagoas. O problema é nacional e parece insolúvel.
Calar agora é alimentar o vício, que corrói o sistema e deixa o segurado da previdência social cada vez mais inseguro.