Brasília - Um telefonema rápido, intermediado pelo assessor Beto Jucá, colocou o governador Téo Vilela (PSDB) e o senador Renan Calheiros (PMDB) em comunicação.

- “Tudo bem. Pode deixar comigo” – respondia Renan.

A resposta deveu-se ao pedido do governador para se encontrar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, conforme lhe sugeriu a presidente Dilma Rousseff.

Aliás, o encontro do governador Téo Vilela com a presidente Dilma também foi agendado pelo senador Renan – que não acompanhou o governador à audiência porque, na mesma hora, tinha um encontro marcado com o ex-presidente Lula.

- "As divergências políticas não podem atrapalhar o estado” – disse Renan ao se referir a separação política com o governador.

No encontro com o ministro Mantega o governador Téo Vilela vai pedir duas coisas: a mudança do indexador que corrige a dívida do estado com a União tornando-a impagável, e o investimento de parte da dívida – entre 15 e 20% - em obras sociais, principalmente em saúde e educação.

O senador Renan Calheiros concorda com os dois pontos e garante lutar para que sejam atendidos. Ele disse que alguns estados já pagaram 85% da dívida com a União e ainda estão devendo 100% porque o indexador usado na correção é cruel.

Vamos torcer porque se o ministro Mantega aprovar a proposta, ou seja, aplicar um indexador menos cruel que o IPCA e investir 20% da dívida em saúde e educação, o Estado vai ter uma folha mensal de caixa que pode chegar a R$ 20 milhões.

Isso é metade do que o Estado paga atualmente à União – que é R$ 40 milhões.