O senador Renan Calheiros (PMDB) ficará em Brasília esta semana para ajudar a apagar o fogo que ameaça o governo da presidente Dilma Rousseff, com o “incêndio” provocado pela crise Palocci – o ministro da Casa Civil, que enriqueceu 20 vezes em quatro anos.

Na verdade, a questão não é o patrimônio de Palocci nem a sua relação com consultorias a empresas. O “xis” da questão é que o ministro da Casa Civil não se relaciona com o Congresso Nacional e, sabe-se muito bem, sem o Congresso ninguém governa.

A presidente Dilma está omissa e isto agrava a situação. Foi preciso o ex-presidente Lula vir a Brasília para ensinar como se deve fazer.

Além de Lula, os senadores Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, Romero Jucá, líder do governo e José Sarney, presidente do Congresso Nacional, integram a “brigada anti-incêndio” que ameaça a estabilidade do governo.

Lula foi claro. O ex-presidente disse curto e grosso:

- “Palocci, ou você recebe o pessoal d a base aliada ou esse pessoal se rebela e apóia CPI contra você”.

O ministro entendeu o recado e ligou para o senador Magno Malta – que não quis atendê-lo., pois ainda está ressentido por não ter sido atendido até agora nos pedidos que fez a Palocci para recebê-lo.

Na tribuna, Magno disparou:

- “Agora quem não quer falar com ele (Palocci) sou eu”.

E é aí que entra em cena o senador Renan Calheiros para tirar tudo por menos e restabelecer a ordem, o que Renan sabe fazer melhor que ninguém. Pense num gabinete, em Brasília, que mais parece um formigueiro de gente!