Titular da cadeira de Geografia Política da Universidade de São Paulo (USP), o professor André Roberto Martin apresentou a tese de redução do número de estados brasileiros, em contraposição à proposta que tramita no Congresso Nacional para criação de mais sete estados mediante o desmembramento do Pará, do Amazonas, de Minas Gerais, da Bahia e do Piauí.

Pela tese do professor, os Estados de Alagoas, da Paraíba e do Rio Grande do Norte deveriam ser incorporados a Pernambuco; Sergipe incorporado à Bahia e o Piauí ao Ceará, de modo que o Nordeste passaria a ter apenas três Estados: Pernambuco, Ceará e Maranhão.

Segundo o professor André Martin, a subdivisão é a causa do atraso do Nordeste e ele cita diretamente o Estado de Pernambuco – que estaria em igualdade de condições com os estados do Sul e o Sudeste, se a Capitania não tivesse sido subdivida gerando Alagoas, a Paraíba e o Rio Grande do Norte.

De acordo com a tese do professor da USP, a anexação de Alagoas, da Paraíba e do Rio Grande do Norte a Pernambuco; a devolução de Tocantins a Goiás; a reunificação do Mato Grosso e incorporação do Espirito Santo ao Rio de Janeiro “resolveria a questão crucial da desproporcionalidade na representação no Congresso Nacional e possibilitaria uma reforma tributária capaz de ordenar direitos e deveres aos entes federados”.

A tese do professor da USP não deve vingar,pelo menos se depender do Congresso Nacional, que está discutindo a criação de mais sete estados e está muito perto de aprovar a divisão do Pará. Mas, o que o amigo internauta acha com relação a Alagoas, a Paraíba e o Rio Grande do Norte?

A situação de Alagoas difere dos Estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte, que foram conquistados a ferro e fogo dos tabajaras e potiguares, respectivamente, enquanto o Estado de Alagoas foi outorgado pela coroa portuguesa, mas e aí? Concordam com a tese do professor?

Ou a tese do professor da USP é uma disfarçada discriminação com o Nordeste?