Mais uma vez um escândalo bate à porta do Governo Federal e das bases do PT envolvendo o senhor Antônio Palocci, o qual encontra-se em palpos de aranhas para explicar sua movimentação financeira e o consequente enriquecimento, que seus defensores dizem não ser ilícito pelo fato da evolução patrimonial dele ter sido declarada à Receita Federal, como se isso fosse causa de exclusão de culpabilidade ou extinção de punibilidade.
Pela ótica policial, analisando de maneira simplória a dinâmica dos fatos, já se justifica a instauração de procedimento investigatório com base Lei 9.613/98, que dispõe sobre crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores.
As primeiras declarações do Procurador-Geral da República foi no sentido de que nada havia a ser investigado com base em meras notícias de jornais, mas diante da contundência dos indícios, ele abriu prazo para que o Ministro Palocci explique seu enriquecimento extraordinário, especialmente em plena na campanha eleitoral, na qual ele teve efetiva dedicação e participação.
Ora, é de se estranhar que uma empresa (Projeto Consultoria Financeira Econômica Ltda) apresente o seu melhor resultado financeiro justamente no curto espaço de tempo em que seu representante maior (Antônio Palocci) esteja engajado de corpo e alma em outra atividade, no caso, a campanha presidencial.
O fato é que o senhor Antônio Palocci deixa mais uma vez a base e a militância do Partido dos Trabalhadores numa situação vexatória, pois as cobranças de explicações vêm de todos os lados, especialmente por parte dos integrantes dos partidos de oposição e dos simpatizantes da ideologia do PT.
Como explicar?
Certas coisas na vida são cíclicas e inevitáveis:
Palocci – Lula – Poder – Queda
Palocci – Dilma – Poder – ...
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