Mostro minha solidariedade aos colegas policiais que lutam por melhores salários neste momento em Alagoas.

No entanto, penso que numa movimentação dessa magnitude a prudência é essencial para que o drama profissional dos policiais não seja vulgarizado.

Os agentes que exercem a atividade de segurança pública são funcionários públicos diferenciados e têm de ter consigo a importância dessa missão constitucional.

O que muitos bandidos querem neste momento é nos verem igualados a eles. Não podemos deixar que isso aconteça!

Longe de querer me intrometer na atividade sindical e no mérito da questão que norteia a base da negociação com o Governo do Estado, mas fica a preocupação quando o cidadão de bem começa ter a força policial como inimiga ou irresponsável.

Sei perfeitamente a angústia que os colegas das fileiras de frente estão sentido, pois já passei por isso quando fui motorista policial e investigador de polícia, chegando ao ponto de me exonerar da amada Polícia Civil de São Paulo para parar de sofrer humilhações.

Felizmente voltei à atividade policial após prestar concurso para Delegado de Polícia Federal, cabendo dizer que no começo da carreira, 1996, vivíamos um péssimo momento também, fato que foi mudando gradativamente até chegarmos à condição salarial dos dias atuais.

O Governo diz em propaganda que herdou um Estado desmantelado e está colocando as finanças em ordem.

Acredito, pois os desmandos administrativos pretéritos foram públicos e escabrosos, mas fica o apelo para que a voz dos policiais tenha eco.

Infeliz da sociedade cujo policial tem sua profissão como bico...