No livro “A Arte da Guerra”, escrito 2 mil anos antes de Cristo, o filósofo e general chinês Sun Tzu ensina que, no cerco, nunca se deve deixar o inimigo sem uma saída para bater em retirada – ou seja: fugir.
Transportando a arte da guerra bélica para a guerra política, o que se observa em Alagoas é que estão isolando o senador Fernando Collor.
Collor não tem opção para bater em retirada; ele está sem saída com o seu PTB – que, se perder a deputada federal Célia Rocha, ficará resumido a ele ( Collor) porque o deputado federal João Lyra já está de malas arrumadas para o PSD.
João Lyra vai para o PSD porque também nasceu para comandar e no PTB é comandado. Quando assumiu o controle do PSC ele quis deixar uma opção de filiação futura, mas, para tal, ele necessita de uma desculpa que se enquadre na legislação.
Com o PSD é diferente porque a legislação admite a filiação em “partido novo”. O PSD ainda não existe de direito, mas já fato consumado. O prazo para que obtenha o “registro de nascimento” na Justiça Eleitoral é de 60 dias.
Mas, e o Collor, o que vai fazer?
Dizem que vai reagir; dizem que vai cobrar o mandato de João Lyra caso se concretize mesmo a troca. Os operadores do Direito Eleitoral sustentam que Collor não tem chance porque João Lyra está amparado pela legislação – que permite a mudança para um partido criado depois da eleição.
É uma lei esdrúxula, sem dúvida, mas do mesmo jeito que existe o veneno e o antídoto, a informação e a contra informação, também existe a lei e a anti lei.
Collor está sendo isolado e isto é péssimo para quem precisa renovar o mandato em 2014 ou alçar outros vôos.