De acordo com a Bíblia, o cristão, o judeu e o mulçumano têm a mesma origem. Ou seja: todos se originaram do monoteísmo de Abraão – quando este deixou de ser politeísta, claro.

Mas, há uma sacanagem histórica contra o árabe que a Bíblia consagra sem constrangimento. Conta a Bíblia que a mulher de Abraão estava velha para lhe dar um filho e permitiu que ele fizesse um filho na escrava.

Uma esposa tolerante, pois não, essa esposa de Abraão. Mas, isso foi até o menino nascer porque depois bateu o ciúme doentio – a escrava era nova e bonita.

Foi aí – diz a Bíblia – que Deus apareceu e resolveu o problema devolvendo à esposa de Abraão o dom da criação - que a idade avançada havia lhe tirado como convém a toda mulher depois da menopausa. E a velha esposa de Abraão pariu.

Do filho da velha surgiu o judeu e do filho da escrava surgiu o árabe. Trocando em miúdos pode guardar: o judeu é filho da mãe e o árabe é filho da puta, de acordo com a Bíblia.

Ora, como um povo vai acreditar num livro – na verdade compêndio – que dá a sua origem uma condição de submissão; que o chama de filho da puta?

A questão começa por aí.

O árabe Osama bin Laden morreu para salvar o Barack Obama, cujo segundo mandato como presidente dos Estados Unidos estava perigando. E se bin Laden virar mesmo mártir para a facção mais radical do islamismo, pode ser que o mundo venha a conhecer quem é mesmo o verdadeiro filho da puta da história.

O mundo deve tudo aos árabes! Deve a Engenharia, a Matemática, a Medicina, a Agronomia, a Arte de Guerra...tudo!

Não posso concordar com a Bíblia quando chama o árabe de filho da puta, porque filho da puta é quem escreveu isso na Bíblia.