A Subcomissão Permanente do Desenvolvimento do Nordeste promoveu hoje terça-feira (19), audiência pública para discutir o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). Para fazer um detalhamento do projeto foi convidado o diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), Guilherme Maia Rebouças. O PRDNE é o instrumento por meio do qual a Sudene estabelece objetivos, metas, prioridades e diretrizes para proporcionar o desenvolvimento sustentável, mediante ações articuladas pelos governos federal e estaduais, em consonância com planos e políticas nacionais, estaduais e locais.

Em sua exposição, Guilherme Rebouças disse que o principal desafio da Sudene não é criar um plano de desenvolvimento para o Nordeste, mas tirar tudo isso do papel. “O objetivo do plano não é abranger todos os setores importantes para o crescimento da região, mas definir algumas ações prioritárias de forma a orientar os investimentos.

Sobre a superação das desigualdades regionais, Rebouças sugere que Estados, Municípios e o Governo Federal formem um "pacto pelo Nordeste". Na opinião do diretor, apesar de concentrar os municípios com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, a região não pode ser encarada como um problema, mas como oportunidade para o crescimento. “É preciso criar um modelo de desenvolvimento próprio, levando em conta as características locais, mas sem esquecer a estratégia de desenvolvimento do país.

Dentre as diretrizes para a superação da pobreza no Nordeste e o crescimento econômico da região, Guilherme Rebouças destaca como fundamentais o investimento em educação e infraestrutura. Ele enfatizou ainda a diversidade cultural da região como um grande ativo no momento atual. “É um ativo que tem grande valor na geração de riquezas numa sociedade do conhecimento”, declarou.

Segundo Rebouças, as diretrizes do plano ainda precisam ser aprovadas pelo Conselho Deliberativo da Sudene antes de passar por exame do Congresso Nacional.