A semana está terminando com dois acontecimentos que projetam o futuro internacional das relações entre os Países. Esses dois acontecimentos foram:
1) O 6º Congresso do Partido Comunista Cubano e o primeiro sem a presença de Fidel Castro.
2) A visita e os bons negócios que a presidenta Dilma Rousseff fez na China.
Vamos por partes:
Cuba vive hoje o dilema: se capitalizar ou morrer. E o Brasil vive o seu melhor momento no cenário internacional e, diferente das potências mundiais, chegou à China pelas vias diplomáticas e relações bilaterais.
Sobre Cuba, é inegável o avanço na área da saúde e educação, mas o que move o mundo é a economia – que, obviamente deve ter saúde e educação, mas antes de tudo é necessário ter dinheiro.
O governo cubano anuncia a demissão de 500 mil funcionários públicos, com o argumento de que serão absorvidos pelo mercado. Mas, que mercado se a economia cubana estatizou tudo?
No caso da China, um país que sempre se fechou para o Ocidente, os primeiros exploradores foram os portugueses, mas foram os ingleses que dominaram a China e pelas armas.
A China queria vender, mas não queria comprar nada de ninguém. No século 19, a Inglaterra comprava o chá e a China não lhe comprava nada. Foi aí que os ingleses descobriram que os chineses gostavam de ópio.
A Inglaterra comprava o ópio na Índia e a abarrotava a China com a droga – que era consumida em todas as classes sociais. Até o dia em que o filho do imperador chinês morreu de overdose e o pai decidiu proibir o comércio de ópio. O imperador confiscou a carga e mandou matar o reincidente que fosse flagrado com ópio.
A Inglaterra reagiu e declarou guerra à China. Foi a “Guerra do Ópio” – que arrasou a economia chinesa. Em 1838 a China capitulou e assinou o “Tratado de Nanquim”, pelo qual entregou Hong Kong para os ingleses e ainda assumiu a dívida de 6 milhões de dólares como ressarcimento do prejuízo pela proibição no comércio de ópio.
Diferente das grandes potências, o Brasil chega à China pelas vias da civilidade. A presidenta Dilma foi cortejada quando o governo chinês declarou apoio ao pedido do país para integrar o Conselho da ONU.
Mas, o governo brasileiro precisa ser tão astuto quanto os chineses – que importam nosso ferro e nos vende o aço; que nos importa o couro e nos vende sapatos.
Nesse século 21, o que se desenha no cenário mundial é:
Cuba será a China da América Latina, ou seja: nem tão fechada que lhe falte dinheiro e nem tão aberta que lhe escancare as entranhas.
E o Brasil é o único país que pode alimentar o mundo!