Se for julgado de acordo com os autos, então o prefeito Cícero Almeida será afastado porque a denúncia do Ministério Público é grave e as provas são irrefutáveis. Não dá para o prefeito transferir a culpa, porque a última palavra foi a dele no caso da majoração inexplicável dos valores pagos à empresa de coleta do lixo.

Em 2005, quando tomou posse, a empresa recebia R$ 466 mil mensais e um ano depois passou a receber R$ 3 milhões e 300 mil – uma majoração de 500 por cento.

Tem mais: a empresa passou uma temporada trabalhando para a prefeitura sem licitação.

Esses dados foram repassados ao blog por um vereador aliado do prefeito e que votou contra a “CEI do Lixo”, mas admite que a denúncia do Ministério Público “está muito bem amarrada” – palavras dele – e o prefeito terá “grande dificuldade” para contestá-la.

- “No mínimo” – adiantou o vereador aliado – “o prefeito pode ser enquadrado por omissão”.

Por muito menos a Justiça afastou o prefeito de São Luiz do Quitunde, Cícero Cavalcante e a expectativa agora é de um final muito ruim para o prefeito Cícero Almeida – que só fez aumentar o rosário de denúncias contra ele.

Se o deputado Marcos Barbosa contar o que sabe sobre o prefeito, mais uma frente será aberta contra ele. Ou seja: será mais um escândalo envolvendo Cícero Almeida – que dificilmente resistiria ao bombardeio.

Há irregularidades em quase todas as secretarias, de modo que para onde o nariz aponte pode-se atirar pedras.

O prefeito Cícero Almeida virou refém do deputado Marcos Barbosa.