A sociedade alagoana se viu mais uma vez perplexa pelo bárbaro crime que vitimou o arquiteto Flavius Lessa. Pelas informações divulgadas, a probabilidade de crime passional é grande face os vestígios deixados e a utilização de arma branca na execução.

A cada dia o mapa da violência assusta mais ainda qualquer pessoa que tenha o senso de informação um pouco mais aguçado, especialmente àquelas que sabem discernir sobre o verdadeiro sentido da vida e o valor de sua existência e do próximo. Quem já não escutou ou disse: o importante é que estou vivo!

Indiscutivelmente a vida é o “bem” mais valioso que temos e o Estado tem o dever de tutelá-lo, mas infelizmente a violência invade milhares de lares todos os dias, abalando estruturas familiares, muitas vezes cediças e prósperas. Ela não faz acepção de pessoas ou classe social.

É certo que os menos favorecidos têm mais probabilidades de sofrer a ação direta da violência urbana, notadamente pela proliferação do tráfico de entorpecentes e pela incipiência, ou ausência, de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sócio-econômico e a melhor distribuição de renda.

Mas é fato que da mesma maneira que o garoto pobre da periferia morre na mão do tráfico ou em confronto com a polícia, o mais abastardo também não está a salvo de sofrer os efeitos da criminalidade.

As pesquisas mostram e comprovam que a sensação de impunidade contribui sobremaneira para o aumento dos crimes contra a vida, portanto, a punição ainda é a maneira mais eficaz de reprimir essa modalidade de delito.