Quando eu era estudante de direito – não faz muito tempo – a moda era o tal “terceiro setor”. Nem Estado nem o indivíduo privado, mas um terceiro setor da sociedade era quem iria realizar certos serviços inalcançáveis para esses dois, por meio de entidades que normalmente são chamadas de ONG (Organização não governamental).
Quem financiaria? Ora, a sociedade civil. O terceiro setor seria um campo distinto do Estado, atuando com dinheiro vindo da sociedade, preferencialmente de doações.
Mas o Brasil, quem diria, transformaria o terceiro setor em uma espécie de terceirização de serviços e políticas públicas. A princípio, tudo parece lindo, mas o problema é controlar o gasto desse dinheiro, que é público.
É triste ver como uma ideia até interessante está tomando um rumo completamente diferente do esperado. As OSCIPS estão servindo apenas como meio mais fácil de distribuir dinheiro público em esquemas criminosos.
É assim que o MST é financiado pelo governo. ONGs dirigidas pelos seus líderes comandam vários convênios com o governo. O PC do B parece que também aprendeu a tática. Veja como as empresas ligadas ao convênio com o programa “Segundo Tempo” do Ministério dos Esportes já estão inseridas no esquema:
“A empresa contratada para fornecer R$ 4,6 milhões em kits lanches para o Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, já emitiu notas fiscais para justificar gasto parlamentar com publicidade, despesas com um imóvel durante disputa eleitoral, compra de chapas de aço para a Marinha, reforma na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e até aquisição de materiais de saúde para a Prefeitura de São Pedro da Aldeia.
Sediada num galpão abandonado na zona rural de Tanguá, região metropolitana do Rio, a JJ Logística Empresarial Ltda. também foi contratada pelo Instituto Contato, uma das entidades responsáveis pela gestão do Segundo Tempo em Santa Catarina - conforme o Estado revelou na quarta-feira. A entidade catarinense é comandada por dirigentes do PC do B, mesmo partido do ministro Orlando Silva.” Leia mais aqui.
Que empresa dinâmica, hein?
Amigos, o Ministério dos Esportes está roubando como se estivesse numa prefeitura do interior!
Imaginem quanto dinheiro público perdemos para esses ladrões.