Pelejei para saber como se deu o encontro do “muso” do movimento “Fora Collor”, o líder dos caras pintadas e hoje senador Lindemberg Farias (PT-RJ), e o presidente da República que eles combateram e hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL).

Pelejei em vão, talvez porque exigia detalhas tais como:

1) No encontro com Collor, o senador Lindemberg estava com a cara pintada ou com a cara de pau?

2) No encontro, o Collor consultou o relógio para conferir que o tempo é mesmo o senhor da razão?

É porque, antes de tomar posse, o senador Lindemberg parecia liderar uma manifestação dos caras pintadas no começo da década de 1990 e desandou a bravatear contra Collor, com o apoio da “imprensa da espetacularização” – que é aquela que não informa, apenas noticía.

Nas bravatas que a imprensa chinfrim deu vazão, Lindemberg prometia derruba Collor também da presidência da Comissão de Infraestrutura do Senado.

Mas, não é bem assim e a prática ensinou que não adianta pintar a cara porque na divina comédia humana nada é eterno. A tinta sai e a cara fica – uma cara-lisa, por certo, ou a cara-de-pau que tinta alguma encobre.

E não encobre porque na política só existe mesmo duas correntes: uma luta para entrar e outra luta para não sair.

O resto, amigo internauta, só vai mudar quando o sargento Garcia prender o Zorro.

NBSabe o que o líder dos caras pintadas foi pedir ao Collor? Adivinhem? Isso mesmo; ele foi pedir arrêgo porque precisa do apoio do Collor para ocupar o lugar do Collor – que quer mesmo é ser presidente da comissão do Senado que trata das Relações Exteriores.