Os deputados denunciados pela “Operação Taturana” se convenceram mesmo de que a Justiça não vai puni-los e estão tramando a volta ao poder, com a eleição da Mesa Diretora completa formada entre eles.

O objetivo é recuperar o que perderam na legislatura passada (2006/10), principalmente a parte financeira, e manter o governador Téo Vilela como refém para impor a volta do status quo.

A volta do status quo significa a retomada do DETRAN e da segurança pública, com a indicação de delegados.

O governador Téo Vilela já foi avisado da trama – que foi urdida pelos taturanas, mas tem o apoio de deputados novatos cooptados mediante promessas mirabolantes.

A trama faz lembrar o conto do extraordinário Graciliano Ramos, sobre a relação entre os três poderes, quando diz que “o Legislativo deita loas, para o Executivo pagar a conta.”

A eleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa é a primeira prova de fogo do governador Téo Vilela – que tem os meios de eleger o presidente e não pode vacilar; se a Assembléia voltar às mãos dos taturanas o governo vai comer do pão que o diabo amassou.

E a sociedade assistirá a reprise de um filme tenebroso, que se repete todas as vezes que o governo baixa a guarda.

E como a Justiça, infelizmente, ainda não fez a sua parte, resta à sociedade chorar a falta de Justiça.