Os técnicos do IBAMA Eugênio Pio e Júlio Henrique Azevedo conheceram nesta terça-feira a área onde será construído o estaleiro em Coruripe. Eles foram ciceroneados por um técnico do IMA.
Eles voltam a Brasília nesta quarta-feira e guardaram para si a conclusão. De suas opiniões sairá a licença ambiental – ou não – para construção do estaleiro.
Embora os técnicos do IBAMA nada tenham dito, até porque vão apresentar a conclusão em relatório, a expectativa é de que eles aprovem a área com restrições sanáveis como, por exemplo, a preservação dos morros.
O senador Benedito de Lira, que foi o primeiro a anunciar a vinda dos técnicos e até antecipar o nome de um deles (Eugênio) está otimista, até porque não faz sentido aprovar os estaleiros em outros Estados e reprovar o de Alagoas.
Mas, há sim um forte lobby agindo no sentido contrário por diferentes fatores:
1) O estaleiro alagoano consolida o grupo do empresário German Efromovick – que já possui dois estaleiros no Rio de Janeiro.
2) O estaleiro alagoano vai dividir o mercado com Pernambuco e a Bahia – e Pernambuco, que está construindo o segundo estaleiro, pleiteia construir o terceiro.
O lobby é reforçado pela omissão ou, então, pela falta de entendimento entre as lideranças políticas alagoanas – que não se unem pelo objetivo comum.
Como Alagoas já perdeu a termelétrica para Pernambuco e a fábrica de Cerveja para Sergipe, é prudente não baixar a guarda.
Porque araruta, araruta! Se Alagoas perder esse estaleiro somos mesmo um Estado de filhos da outra.