O IBAMA embromou o governo de Alagoas três vezes e não veio fazer a inspeção, sem a qual o empresário German Efromovich não pode começar a construção do estaleiro em Coruripe.
O que está acontecendo?
São vários fatores que interferem contra o projeto e retarda a obra; tem de tudo nesse caldeirão de mitos. Tem os maus alagoanos e tem os maus vizinhos – que, quando se juntam, repetem o que aconteceu em 1996 com a fábrica de cerveja em Marechal Deodoro.
Não culpo os maus vizinhos, porque eles não são de todos maus; eles agem em defesa de seus interesses – que são legítimos. Culpo os maus alagoanos – que existem, são traidores contumazes e agem por interesses ilegítimos. Esses são o câncer que há anos corrói o Estado e são responsáveis pela violência, pelo analfabetismo, pela mortalidade infantil e pela miséria no Estado, porque para eles quanto pior o Estado mais fácil é de se elegerem.
Dizem que em 1996 um desses maus alagoanos recebeu 1 milhão de reais para assinar o parecer atestando que o lençol freático de Marechal Deodoro estava contaminado e, com isso, a fábrica de cerveja foi se instalar no vizinho.
O patife assinou o atestado falso, Alagoas perdeu e o vizinho agradeceu.
Daí, ainda que seja difícil acreditar existir alguém trabalhando contra a instalação do estaleiro, não se deve descartar nenhuma possibilidade; mau alagoano é igual a coceira de macaco – que não acaba nunca!
Foi um grupo de maus alagoanos que, na década de 1980, impediu o governo Guilherme Palmeira de implantar o Pólo Cloroquimico alagoano. Os patifes agiram travestidos de ecologistas e produziram um documento falso, encaminhado ao governo federal, denunciando que o pólo químico alagoano tinha sido construído numa área de mangue em Marechal Deodoro.
Com isso, Alagoas perdeu a chance de implantar o pólo.
Esses maus alagoanos podem sim estar agindo nos bastidores contra o estaleiro e, de quebra, ainda recebendo suborno do vizinho – que disputa a preferência pelo estaleiro.
Para esses maus alagoanos o risco de deixar o governador Téo Vilela instalar o estaleiro será fatal em 2014. Além do prestígio que Téo vai obter no mercado de votos,,tem o surgimento de um tipo de eleitor que eles não podem manipular – que é o eleitor de perfil urbano, no interior, ou seja, os operários.
É triste, mas é verdade: os maus alagoanos existem e estão agindo. Uns agem na linha de frente, mas disfarçados; outros agem na retaguarda disfarçados pela omissão – esses nada dizem, nada falam porque é melhor fingir indiferença.
O amigo internauta observe: são 9 deputados federais e três senadores, mas, até agora só o governador Téo Vilela e o deputado federal Benedito de Lira estão falando sobre o estaleiro.
Mas, duas andorinhas não fazem Verão. E, ainda mais, depois que chegou perto de 1 milhão de votos o Biu de Lira é o mais novo inimigo.
Triste Alagoas! Oh! Quão dessemelhante. Estas estou no nosso antigo Estado. Pobre te vejo assim...