As conversas são muitas a respeito do estaleiro que se cogita instalar na cidade de Coruripe, principalmente no tocante as licenças dos órgãos ambientais.
A Justiça Federal decidiu recentemente que a competência para proceder os estudos de impacto ambiental é do Ibama e a sociedade fica na expectativa de que isso ocorra o mais rápido possível para que ninguém fique a ver navios, literalmente falando.
Não é “privilégio” de Alagoas ter uma discussão dessa natureza, uma vez que vários outros projetos em nível nacional estão aguardando licenciamento ambiental para início das obras.
Segunda-feira passada, dia 13, o Ibama concedeu licenças prévias para construção de três usinas hidrelétricas nas divisas dos estados do Mato Grosso com o Pará e do Piauí com o Maranhão, as quais serão leiloadas já na próxima sexta-feira (17) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ou seja, ainda na mesma semana da concessão das licenças.
Isso demonstra que todo processo já estava pronto e aguardava somente a manifestação do Ibama, que é importante e tem de ser respeitado.
Mas a dúvida que fica, é se o órgão tem condições, tanto de pessoal como orçamentárias, de dar vazão a tantas demandas, já que o PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – está fomentando várias obras que dependem de estudos, relatórios e licenciamentos semelhantes, citando como exemplos as longas ferrovias que estão sendo implementadas da Bahia ao Tocantins e de São Paulo ao Maranhão, bem como, a instalação de um porto privado em Ilhéus.
Assim fica a pergunta: em que ordem de prioridade a construção do estaleiro em Coruripe está sendo tratada pelo Ibama?