Em 510 anos de existência, apenas quatro governantes brasileiros marcaram positivamente suas passagens pelo poder federal – e um deles é anterior a República.
Mais precisamente, é Pedro II – a quem o Brasil deve muito. Devemos a Pedro II a comunicação, tanto no que se refere à locomoção – rodovias, ferrovias, etc.; quanto ao que se refere à informação.
O telefone e a imprensa, por exemplo, devemos a Pedro II. Aliás, o imperador brasileiro foi o primeiro homem no mundo a atender a uma ligação telefônica em público.
Pedro II estava na Filadélfia, como convidado oficial do governo dos Estados Unidos para a exposição industrial, quando foi abordado por Gran Bell – de quem já era amigo.
Gran Bell entregou um fone para Pedro II e foi para fora do pavilhão onde se realizava a exposição, e de lá discou um número no aparelho emissor e falou alguma coisa para o imperador brasileiro.
- My God! Its take! (Meu Deus, isto fala) – disse Pedro II surpreso com a invenção daquele que o presidente dos Estados Unidos definiu como “maluco”.
Não por acaso, o Brasil é pioneiro na comunicação na América Latina; logo o País se integrou com uma rede de telefonia e telégrafo primeiro que os demais países.
Devemos também a Pedro II a Botânica, a Arquitetura, a Engenharia, a Literatura, a Pintura e até a ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco para abastecer o Sertão Setentrional – obras que o governo Lula toca, mas a idéia é de Pedro II.
Pedro II foi o “primeiro cara”. E quando foi covardemente apeado do poder, ao saber que estava sendo embarcado para o exílio forçado num paquete chamado Alagoas, o imperador tirou uma onda com a cara dos seus algozes:
- Já que vocês estão me levando para Alagoas, então me deixem em Penedo.
O oficial que exerceu a função de verdugo do “primeiro homem do Brasil”, só teve uma reação: baixar a cabeça, como é a reação do covarde comum.
O “segundo homem do Brasil”, ou o “segundo cara”, foi Getúlio Vargas – a quem devemos a Legislação Social, o planejamento industrial, a Petrobras, Volta Redonda e a Chesf.
O “terceiro homem do Brasil”, ou o “terceiro cara”, foi Fernando Collor de Mello; se hoje o brasileiro compra computador e celular em supermercado; se hoje o automóvel brasileiro não é mais carroça, isto devemos a Fernando Collor – gostem dele ou não.
O “quarto homem do Brasil”, ou o “quarto cara”, foi o Lula – que, se nada realizasse bastaria a lição que deu ao mostrar que estadista não se forma em academia.
O Lula mostrou ao mundo um outro Brasil, cuja Capital não é mais confundida com Buenos Aires. E deu um nó cego, interno, tão apertado que se quiser volta em 2014 sem fazer muito esforço.
Depois da Revolução de 30, o Lula foi o primeiro presidente da República a impor um candidato a sucessor e elegê-lo, mesmo sem experiência eletiva; mesmo sem nunca ter exercido mandato eletivo.
Portanto, amigos internautas, vamos refletir o Brasil sem esses “quatro caras” como seria hoje?