Não sei o que é mais grave: o desvio de 200 milhões de reais descoberto pelo Ministério Público no contrato de licitação para limpeza pública de Maceió, ou a “cegueira” do Tribunal de Contas – que nada viu, de nada desconfiou e aprovou as contas.
Parece-me que a surpresa seria se o Tribunal de Contas tivesse detectado as irregularidades. Isto porque não há por parte do Tribunal de Contas alagoano nenhuma ação merecedora do aplauso da sociedade – que é subtraída em tenebrosas transações, graças a “cegueira” de quem é pago para zelar pelo erário.
200 milhões de reais é uma cifra considerável para ser desviada assim, sem que o Tribunal de Contas percebesse. E o pior é que o Ministério Público descobriu algumas mutretas que possibilitaram a correção mensal do valor do contrato e a súbita majoração desse valor – que pulou de 460 mil reais para mais de 3 milhões de reais mensais, sem amparo legal.
A sociedade, pelo menos neste caso, não pôde contar com os serviços do Tribunal de Contas. Mas, para sorte geral, tem o Ministério Público atuante, honesto e vigilante.
É que alguém tem de ser honesto neste Estado.
Mas, gente, eu li a nota emitida pela Prefeitura de Maceió acerca das denúncias do Ministério Público e pelejei para entender alguma coisa e nada. A nota não diz nada ou porque não tem nada para dizer, ou porque o caso é mesmo sério.
Tudo indica que o “inferno astral” do prefeito Cícero Almeida começa antes de o Verão chegar.
Que acham?