As ações das forças de segurança pública no Rio de Janeiro, auxiliadas pelas Forças Armadas, mostram mais uma vez que ninguém é maior que o Estado.

As cenas exibidas pelas emissoras de televisão, nas quais se vê uma legião de bandidos correndo desesperadamente por conta do avanço dos policiais, foram motivos de vários comentários e indagações do tipo: por que os traficantes em fuga não foram alvejados pelos atiradores dos helicópteros da polícia?

Quem tem um pouco de discernimento sabe que, se pelo menos um daqueles fugitivos fosse baleado na frente das câmeras, haveria uma repercussão enorme na mídia, especialmente pela provocação de alguns que se dizem ferrenhos defensores dos Direitos Humanos.

Agora, se um marginal daqueles atirasse e derrubasse a aeronave, poucos iriam se preocupar com os Direitos Humanos da família dos policiais mortos.

Isso é verdade ou não é?

Infelizmente defender os direitos das famílias dos policiais mortos não dá projeção e não causa comoção nos meios de comunicação.

Para que as operações policiais no Rio de Janeiro continuem dando certo é necessário o apoio da população e da mídia também, mas não vai tardar muito a aparecer algum entendido para criticar o trabalho da polícia, principalmente se houver uma falha, por menor que seja, nas ações que se sucederem.

Muitas pessoas queriam ver aqueles bandidos serem baleados, mas seria um desastre para imagem do Brasil no cenário internacional.

O caso requer muita prudência e isso o Beltrame tem de sobra.