Um dia desse eu tive um sonho
Que havia a grande guerra
Entre o morro e a cidade

Dos versos do grande Alceu Valença veio a realidade que não se reproduz tal qual a música, porque não é o Luiz Melodia o comandante-em-chefe da primeira bateria lá do Morro de São Carlos.

O comandante-em-chefe dessa guerra real no Rio de Janeiro usa fuzil automático e não usa o agudo na voz de comando; ele só usa tom grave.

- Avançar! Atacar! Atirar! Cessar Fogo!

È por aí. Mas, nessa guerra da cidade contra o morro dá para comparar pela televisão o que o mestre Sun Tzu ensinou há mais de 2 mil anos antes de Cristo - que é nunca impedir o inimigo quando ele quiser voltar para casa, porque o inimigo encurralado se torna uma fera indomável.

As cenas pela televisão com a fuga dos “soldados do tráfico” embrenhando-se pelo matagal é a ilustração perfeita da tese de Sun Tzu, no seu livro “A Arte da Guerra” – que serve também como ensinamento para a paz.

Aliás, Sun Tzu disse também que o objetivo da guerra é a paz. E é mesmo.

Mas, imaginemos que nessa guerra o “inimigo”é brasileiro; são irmãos contra irmãos – ainda que de um lado esteja o bem e do outro o mal.

A necessidade de se empregar tropa de pára-quedistas significa que a ordem é encurralar o “inimigo” e prendê-lo. Ora, mas o “inimigo” está reagindo e aí as conseqüências dessa guerra são imprevisíveis. Ninguém vai para a guerra para atirar flores.

Duas lições devem ficar disso tudo:

1) Por que deixaram que a situação chegasse a esse ponto?

2) O resto do País corre o risco de receber os “migrantes” do crime tangidos dos morros cariocas. Onde eles vão se instalar agora?

O que o amigo internauta acha disso tudo?