O prefeito Cícero Almeida (PP) descobriu – e pode ter sido tarde demais – que precisa agora de um partido, porque perdeu o “ninho”.
Almeida colhe agora o fruto amargo que plantou durante a meteórica, mas bem-sucedida, carreira política que o fez vereador, deputado estadual e prefeito de Maceió em quatro anos – o que é fato inédito na política alagoana.
Para se eleger vereador e deputado estadual, Almeida precisava de um palanque – e o saudoso Geraldo Sampaio lhe deu; para se eleger prefeito, Almeida tinha o palanque e lhe faltava a logística – e o empresário João Lyra lhe deu.
Geraldo Sampaio faleceu queixoso do afilhado e João Lyra se decepcionou porque não esperava que Almeida lhe faltasse com a gratidão.
Mas, João Lyra disfarça e até ameniza a situação quando aparece alguém para colocar lenha na fogueira.
E a decepção de João Lyra não se restringe à opção do prefeito na disputa pelo governo do Estado, porque tem a posição dúbia em relação à candidatura de deputado federal – que João Lyra não sabe quem realmente Almeida apoiou e votou.
Vem agora a roda viva e o prefeito já sabe que, daqui pra frente, terá de sobreviver politicamente daquilo que for capaz de criar sozinho. Almeida perdeu o “ninho” e está incomodado no PP – que, anotem aí: não lançará candidato a prefeito em 2012 e, em 2014, o candidato natural a governador é o senador Benedito de Lira.
Almeida procura um partido, mas não pode ser qualquer um; tem que ser um partido onde chegue como “general”.
Sim, claro, um partido com tempo de rádio e televisão no guia eleitoral.
Vamos ajudar o prefeito a encontrar um partido que já não esteja partido. Qual deles pode ser o partido do prefeito?