Num daqueles momentos de indignação, igual ao que os alagoanos de bem estão sentindo agora em relação ao estaleiro de Coruripe, o genial Graciliano Ramos recomendou que bombardeassem a foz do Rio São Francisco para destruir Alagoas e transformar a região em um Golfo.

Ainda que exagerado, Graciliano deveria estar com a razão quando sugeriu medida tão extrema.

Na década de 1980 eu pude sentir o grau de indignação do famoso escritor. Eu estava em Brasília e acompanhei o então governador Guilherme Palmeira numa audiência com o ministro da Indústria e Comércio, Camilo Pena.

O Guilherme foi pedir ao ministro apoio para o Pólo Cloroquímico. Para surpresa geral, o ministro abriu a gaveta e entregou ao Guilherme o relatório elaborado por um grupo de maus alagoanos, que se apresentavam como “ecologistas” (pseudos), denunciando que o pólo tinha sido construído num mangue em Marechal Deodoro.

Era mentira, mas a mentira prevaleceu porque – infelizmente é verdade – o problema de Alagoas são os alagoanos que trabalham contra o Estado. Não sei se são todos “quinta-coluna”, mas agem como tal.

O fato de o IBAMA não dar a licença para o estaleiro de Coruripe pode ser mais uma ação nefasta desses maus alagoanos – que existem, são arretados e estão doidos para afundar a gente.

E pensar que esses maus alagoanos já chegaram a irritar até o grande Graciliano Ramos leva-nos a acreditar também que eles se proliferam por osmose.

É ou não é?