Enquanto a União Soviética e a “guerra fria” existiram, Cuba foi o paraíso do Marxismo; a ilha era apresentada sempre como exemplo da exeqüibilidade da Teoria Marxista - que condena a “mais-valia” e a iniciativa privada, e enaltece o “Estado máximo”.

Mas, Cuba era o “castelo de areia” que não se sustentaria sem a escora – no caso, a União Soviética.

Para justificar a falência de Cuba culpam o embargo imposto pelos Estados Unidos. Sim, e daí? Se o embargo contribuiu para a ruína da economia cubana, então não há sobrevivência fora dessa economia de mercado capitalista.

O governo cubano agora vai demitir 500 mil funcionários públicos – que não tem mais como mantê-los. O Estado máximo é mesmo uma irresponsabilidade que só o administrador corrupto ou irresponsável defende.

O governo cubano espera que a economia cubana absorva esses 500 mil servidores públicos que serão demitidos, e pergunta-se: que economia, se em Cuba o Estado é máximo e ninguém tem o direito de produzir e negociar nada?

Mas, agora terá. Até seminário para formar padres o governo cubano já admite, talvez porque a religião não é mais o ópio da humanidade. É que os teóricos marxistas não sabem, ou não querem saber que na história da humanidade pode-se e encontrar uma nação sem lei, sem ordem, sem organização social, mas não se encontrará jamais uma cidade sequer sem que a sua população não venere um deus – ou vários deuses.

O comunismo é mesmo uma utopia. E o comunista é o personagem do provérbio sueco: se você tem 20 anos de idade e não é comunista, você não tem coração. Mas, se já passou dos 30 anos e continua comunista, então você não tem é juízo.