O relato da jornalista Cristina Lobo, da Globo News, sobre o constrangimento do presidente Lula ao gravar pedindo voto para o candidato Ronaldo Lessa repercutiu como uma bomba na coligação “Frente de Oposição”.
Primeiro, eles duvidaram. Mas, diante da isenção da fonte, eles preferem agora fingir que nada souberam. Afinal, nem sei se a jornalista Cristina Lobo conhece Maceió; só sei que não vota aqui nem torce pelo azul ou encarnado.
O relato da jornalista Cristina Lobo refere-se ao diálogo do presidente Lula com um repórter, que o perguntou sobre o apoio que recebe do senador Fernando Collor, e cujo teor foi mais ou menos assim:
“O Collor tem sido um aliado correto. Eu acho que a gente não pode ficar assim negando apoio. Quem estiver de acordo com o nosso programa de governo será bem vindo. O importante é estar de acordo, é aprovar o nosso programa (de governo). E lá em Alagoas a situação é complicada, mas não é por causa do Collor não. Lá (em Alagoas) tem um governador (Téo Vilela) que está fazendo um bom trabalho, eu mandei muito dinheiro para lá (Alagoas) porque o governador (Téo Vilela) está fazendo um governo sério. Mas, constrangidamente, eu tive de pedir votos para o outro candidato (Ronaldo Lessa). Então, o problema de Alagoas não é apenas o Collor...”
O presidente Lula fez justiça porque, de fato, eu acompanho a política em Alagoas desde 1974, quando me iniciei no jornalismo, e nesses 36 anos eu só conheci dois governadores: Guilherme Palmeira e Téo Vilela.
Interessante é que, entre eles dois, existe a peculiaridade de entornarem um uisquinho – o que me leva a concluir: os melhores governadores alagoanos têm sempre algo em comum.
O que o presidente Lula falou a respeito do governador Téo Vilela é o que eu ouvi de um promotor. Não devo citar o nome do promotor, pois não estou autorizado, mas cito a testemunha que estava comigo e também ouviu – que foi o coronel Jadir, ex-comandante do Corpo de Bombeiros.
Disse-nos o promotor:
- “Estou surpreso com o governo do Téo. Ele está pagando todas as dívidas que prometeu pagar e está saneando o Estado”.
Pois é; mudar um Estado que está sendo administrado com responsabilidade e honestidade é premiar o crime e promover o criminoso.
NB – Informo que não sou Eraldo Basílio, não o conheço, nem sei como ele consegue extrapolar o limite de 300 caracteres nos comentários. Destaco o testemunho do jornalista Carlos Melo, diretor-editor do Cada Minuto, que recebeu um e-mail do próprio Basílio. Não sou o Eraldo Basílio porque ele vota no Serra e eu votei e votarei na Dilma, pois não quero mudança no Brasil e, especialmente, em Alagoas. Desde Guilherme Palmeira, o Estado de Alagoas nunca esteve tão bem administrado quanto agora. Mudar significa retroagir; o Estado máximo que propõem por aí eu já sei como funciona: é irresponsável, perdulário e corrupto.