Recebi com tristeza a notícia da morte do Senador Romeu Tuma.

Lembro-me do primeiro contato com ele quando eu ainda era um jovem policial. Foi no incêndio do antigo prédio da CESP – Centrais Elétricas de São Paulo – na avenida Paulista, salvo engano no ano de 1986 ou 87.

Na oportunidade eu era motorista policial das viaturas do Instituto de Criminalista de São Paulo. Enquanto o prédio ardia em chamas naquela noite, várias autoridades começaram chegar ao local, entre elas o Doutor Romeu Tuma, acompanhado do então superintendente da PF em São Paulo, Doutor Marco Antônio Veronesi.

Meus olhos brilharam ao estar ali tão próximos de policiais renomados, mesmo que não tivessem a mínima idéia da minha admiração e existência.

Me inspirava neles para prosseguir na minha carreira. Queria ser Delegado de Polícia e ter meu trabalho reconhecido pela sociedade.

Acreditei no meu projeto de vida e trabalhei para ele se tornar realidade.

Hoje o Doutor Marco Antônio Veronesi, ainda na ativa e lotado em SP, é um colega pelo qual nutro um grande respeito e sei que a recíproca é verdadeira.

Quanto ao Senador Tuma, tive a honra de trabalhar com ele em algumas diligências, especialmente na CPMI – Comissão Parlamentar Mista de Inquérito – instituída para investigar organizações criminosas ligadas ao desmanche de veículos e fraudes de seguros.

Fui tomado pela emoção quando numa audiência pública recebi vários elogios dele - as vezes quem elogia esquece, mas o elogiado dificilmente. Elogie sempre que puder!

O meu relacionamento com o Doutor Romeu Tuma sempre foi cordial e cada vez mais ele me surpreendia com o seu tirocínio policial que nunca perdera, mesmo se dedicando ao cargo de Senador por duas legislaturas.

Almoçamos juntos em Brasília no começo deste ano e ele se mostrou forte e revitalizado da enfermidade que lhe perseguia, mas quis a providência divina que o Velho Tuma partisse para uma nova missão.

A sociedade agradece seus préstimos Xerife!