A toada se reproduz se despedindo da tarde – que cai em Maceió sob o agito de uma cidade que já foi acanhada. Diz lá a toada:

O Téo é 45
É nele que vou votar
É nosso governador
Deixem ele trabalhar.

Reproduzida em decibéis compatíveis por uma Kombi com alto falante, que segue em marcha lenta beirando o meio-fio da orla marítima, a toada parece um afago.

E alguém logo identifica: essa é a voz do Cícero Almeida, o prefeito afinado. E é mesmo.

Uma eleição se ganha com votos, é claro, mas começa a ser ganha quando existe essa interação com o público. Evidente que o candidato não pode ser um desastrado; evidente que o candidato tem de ter trabalho reconhecido.

É o caso do governador Téo Vilela. Nunca, na história política deste País, e do Mundo, um candidato com mais de 70% de aprovação perdeu eleição.

O governador Téo Vilela tem 75% de aprovação e venceu no primeiro turno em 68 dos 102 municípios disputando contra dois fortíssimos candidatos – e, onde perdeu, ele perdeu por pouco.

Pois é; vejo agora o número das pesquisas do Ibope e do Ibrape – que se aproximam da realidade; e vejo a pesquisa do Gape – que se afasta da realidade.

São números frios, que não sei onde eles arranjam.

Pelo que sinto, nesta eleição tem alguém mais que vai perder:  são os institutos de pesquisas, que trabalham com números irracionais.