Afinal de contas, qual a razão do desespero da campanha petista? Bastou o fim da apuração do primeiro turno que a campanha se transformou. Aquele discurso propositivo e de continuidade de políticas sociais deu lugar, primeiro à vitimização, depois à baixaria escancarada. Foram os petistas que atribuíram a perda de votos de Dilma à questão do aborto. Falavam em “boatos”. Demonstrado que Dilma havia mesmo se manifestado sobre o aborto, a campanha partiu pro ataque.

Dilma virou a bruta. Partiu para cima de Serra no primeiro debate na Band. Fez acusações infundadas sobre privatização (discurso velho danado!) e deu uma de vítima de boatos. Na propaganda eleitoral gratuita na TV, inventa um país antes e outro depois de Lula. Baixou deliberadamente o nível da campanha que agora se baseia na mentira de que o governo Lula inventou tudo de bom no Brasil.

Mas sabem a razão do desespero? Eles já estavam certos da vitória e da continuação do modelo de aparelhamento estatal. A possibilidade da perda de tantos cargos é o que leva ao desespero. O PT está mostrando que fará de tudo para não perder a eleição. Basta olhar bem o que acontecia na Casa Civil com Erenice e o leitor entenderá o que significa a saída do poder para Dilma e sua turma.

Agora a perspectiva é de uma campanha de ainda mais baixo nível. Qual será a resposta dos tucanos? Responderão na mesma moeda? Até agora, a campanha de Serra está até mansinha demais. O recurso à mentira, todavia, poderá virar uma regra que, infelizmente, empobrecerá o debate político.

Mas uma coisa está sendo boa. Desmascarar o discurso esquerdista do PT. Qual a ideologia do PT nessa campanha? Nacionalismo, estatismo e defesa de uma moralidade conservadora. Hum... Isso me lembra uma postura política mais identificada com a pior direita que já existiu: o fascismo.