(Atualizado às 2h20min)
O governador Téo Vilela (PSDB) festeja a vitória em Arapiraca como se fosse a final da decisão, e tem motivos de sobra. Téo derrotou Ronaldo Lessa (PDT), que teve o apoio maciço do prefeito Luciano Basbosa, e derrotou Fernando Collor, que teve o apoio da ex-prefeita Célia Rocha (PTB).
Téo também derrotou Lessa e Collor em Maceió, Penedo e Rio Largo; e só perdeu em Palmeira dos Indios e União dos Palmares, ainda assim por diferença ínfima.
O segundo turno em Alagoas se transformou também na disputa presidencial e Téo, se precisar, terá o apoio da senadora Marina Silva (PV), cuja votação impediu a candidata do PT, Dilma Rousseff, de vencer a eleição no primeiro turno.
Foi isso o que ouvi de um dirigente do PSDB.
O peso do Ciço, a dança do Biu e o jeito Téo de ser
Quem menosprezou o poder de Benedito de Lira amarga agora o dissabor do erro fatal. Mais diretamente, o dissabor maior cabe à candidata Heloísa Helena – que, aliás, fez de tudo para perder a eleição.
Heloísa recusou a filiação de Pinto de Luna ao Psol; se recusou a fazer acordos e brigou com o candidato do partido à presidência da República. O estereótipo de briguenta pesou-lhe negativamente e Benedito de Lira soube explorar muito bem.
Some-se também ao sucesso de Biu a participação do prefeito Cícero Almeida – que levou Biu para a periferia e conteve-lhe a rejeição.
Almeida também foi importante para o governador Téo Vilela; a tradição do eleitorado da Capital é de oposição e a periferia está dividida em “feudos oposicionistas” – ou “currais” da direita clientelista.
Imaginem que o governador Téo Vilela, que no inicio aparecia nas pesquisas em terceiro lugar, chegou em primeiro.
Nessa eleição, além da Internet, tivemos o peso do Ciço, a dança do Biu e o jeito Téo de ser – que, tal qual o tucano, só alça vôo para o galho certo.