O homem enlouqueceu. A proximidade da perda de poder o deixa completamente desnorteado. A sua criatura eleitoral está bem na frente nas pesquisas, periga ganhar no primeiro turno, mas ele não se contenta. Quer mais. Quer a unanimidade.

Por isso destila ódio contra as instituições democráticas. Aponta para os 4% que não gostam do seu governo como se fossem traidores. Desdenha e desrespeita seus adversários. Trata-os como inimigos. E, como não podia deixar de ser, ataca a imprensa livre. Não basta eleger seu poste, tem que “extirpar” a oposição. O que Lula quer mais? Por que não se comporta como seu antecessor, FHC, que deu um exemplo de transmissão democrática de poder?

Lula não é, nunca foi e jamais será um estadista. É um político populista, desses de cidadezinha do interior, que aplicou os métodos mais patrimonialistas para manter a popularidade e contou com alguma competência e muita sorte para manter o país crescendo. Ao invés de usar a popularidade para aprovar importantes reformas, deixa o tempo passar.

Acredito que Lula não terá total sucesso em sua empreitada. Os mesmos que o aprovam conhecem a importância das instituições democráticas. Quando ele sair do poder, vai atuar como uma figura patética e inconformada com a falta de bajuladores. Estará “dando pitaco” a todo momento na política. Não chegará nem perto do que significa ser um verdadeiro estadista.