No debate entre candidatos que estão empatados na preferência do eleitorado, o mais importante não é a pergunta – é a resposta.
Daí, no debate na televisão, é melhor ter cuidado quando perguntarem ao governador Téo Vilela (PSDB) sobre a violência porque o Téo pode responder:
1) Que encontrou a polícia desaparelhada.
2) Que a polícia estava desaparelhada, porque as armas compradas pelo Estado e paga adiantado foi um golpe de “lesa-pátria” – as armas nunca chegaram, nem chegará jamais, porque a firma que o Estado contratou não existe.
A Franchi S/A apresentou como endereço uma rua inexistente em Montevidéu, a Capital do Uruguai.
Na operação de compra das armas italianas, cuja transação foi fechada em janeiro de 2000, o governo cometeu dois crimes:
1) Pagou 600 mil dólares adiantados, o que não é permitido no serviço público.
2) Fez negócio com um grupo de estelionatários, que fraudaram até mesmo o documento do Exército desautorizando a compra de 20 metralhadoras HK para a Polícia Civil.
Convenhamos que são respostas arrasadoras, o tipo de resposta que deixa o perguntador com a cara no chão.
A violência de hoje é muitíssimo diferente da violência de antes. Basta lembrar que estamos a 12 dias da eleição e não houve nenhum assalto a bancos – o que é inédito, ainda mais porque nos assaltos registrados os assaltantes que tentaram foram presos.
Antes, o assaltante sabia que o crime ficaria impune. Como, de fato, ficaram todos os assaltos registrados antes de janeiro de 2007.
E, ainda, pela primeira vez desde o restabelecimento de eleição direta para governador, o comando da Polícia Militar e Civil foi entregue aos profissionais de reputação ilibada.
Nunca, desde 1982 quando se restabeleceu a eleição direta para governador, se viu coisa igual. Pela primeira vez, não tem ingerência política na polícia.
Sendo assim, cuidado quando falar sobre mudança porque a mudança significa a volta ao passado recente de manipulação política na polícia, de assaltos a bancos, roubos de cargas e seqüestros impúnes.
Ou seja, a mudança significa a volta ao Estado Máximo de Crimes Impunes. Pense nisso!
No debate marcado para a noite desta segunda-feira, promovido pela Rede Recorr/TV Pajuçara, a resposta vai fazer a diferença.
E desfazer o desempate. É ou não é?