Faltando 20 dias para a eleição de 3 de outubro, não parece que estamos em ano eleitoral em Alagoas. É que não aconteceu nenhum assalto a banco e, melhor, quando ia acontecer a polícia chegou antes e pimba!
Prendeu os assaltantes.
Isto é inédito, fantástico, extraordinário. Por que isso não acontecia antes? No ano eleitoral de 2002 foram 57 assaltos e no ano eleitoral de 2006 bateu-se o recorde nacional com 102 assaltos – o que levou a Folha de S Paulo a fazer uma matéria, tal o exagero dos números.
E o pior é que, para obter o numero verdadeiro de assaltos a bancos em ano eleitoral, em Alagoas, a Folha de S Paulo teve de contar com a Secretaria de Segurança Pública do Ceará, porque as autoridades alagoanas na época esconderam a verdade.
Alguém sabe explicar o motivo desses assaltos não acontecerem mais?
Enquanto aguardo a explicação de quem pode ajudar a desvendar esse intrigante mistério, transcrevo parte da memória de um assaltante de bancos e ladrão de cargas desempregado.
As memórias começam assim:
Antes (diz o assaltante hoje desempregado) a gente assaltava um banco e roubava cargas, e tinha certeza de que ninguém ia descobrir. Mas, aí, elegeram governador esse tal de Téo Vilela, que trouxe um tal de Paulo Rubim para secretário de Segurança Pública, que trouxe um tal de Marcílio Barenco para dirigir a Polícia Civil e, achando pouco, trouxe agora um tal de coronel Dário César para comandar a Polícia Militar e o resultado é esse: estamos desempregados.
Não podemos assaltar nada mais que a polícia chega para nos prender. Precisamos mudar essa situação absurda! Precisamos mudar essa situação, porque assaltante de banco e ladrão de carga também são gentes e precisam sobreviver facilmente. Na condição de assaltante de banco e ladrão de carga desempregado, eu confesso que era feliz e não sabia. Fica aqui meu protesto. Polícia eficiente, nunca mais! Voltemos aos bons tempo, já!
O que o amigo internauta acha das memórias escritas por esse assaltante de banco desempregado?