A oposição não pode botar a cara de fora, mas procura um laranja para denunciar o governador Téo Vilela (PSDB) por ele anunciar o pagamento do funcionalismo público dentro do mês trabalhado – que é fato raro, tão raro que poucos se recordam quando recebiam salários dentro do mês.
E tudo indica que a oposição já encontrou o laranja. Qualquer que seja o candidato nanico que entrar com representação contra a decisão do governo, com certeza não estará agindo por conta própria.
Dizem que o laranja vai receber R$ 50 mil. E como não tem mesmo nada a perder, porquanto não tem chance alguma na eleição, sem dúvida fará um bom negócio. Afinal, R$ 50 mil na mão é uma tentação.
O argumento é de que o governo do Estado, para pagar o funcionalismo no mês trabalhado, coisa que seus antecessores não conseguiram, fechou acordo para antecipação de receita.
Sim, mas e daí?
Daí, é que a oposição não está interessada no bem estar do servidor – nem de ninguém. A oposição quer é o poder.
O jornalista Gilson Monteiro, da Editoria de Política de O Jornal e uma das estrelas da nova geração do jornalismo alagoano, conversou com o candidato Jeferson Piones, que lhe confirmou “estar pensando” em entrar com a representação contra o governador e, por via de conseqüência, contra o funcionalismo.
Mas, não se sabe se será o Piones que vai servir de “bucha de canhão” bem remunerada. Ele nega.
Para o funcionalismo público fica apenas a certeza: qualquer que seja o candidato nanico que entre com a representação, ele age como laranja da oposição. É ou não é?