Conversei com o coronel Dário César, que será o novo comandante da Polícia Militar, e ele me disse que estava pensando pedir para ir para a reserva, quando foi surpreendido pelo convite do governador Téo Vilela (PSDB).

- Eu estava de saco cheio. Confesso. Queria ir para a reserva. Tenho tempo e tenho férias vencidas, não gozadas. Mas, é uma missão e você sabe que o militar é para cumprir missão. Não é fácil, mas não posso recusar. Vou dar tudo de mim – disse-me, pelo telefone, logo após ser entrevistado pela jornalista Emanuele Oliveira, minha colega aqui do Cada Minuto.

Eu conheço o coronel Dário há muito tempo; primeiro uma convivência à distância, mas sempre o acompanhando e admirando, e depois a convivência praticamente diária – ele numa atividade civil.

O coronel Dário é um dos oficiais mais bem preparados que conheço. Íntegro, operante, leal, disposto e com uma bagagem riquíssima em experiências, como poucos oficiais no País podem apresentar. O coronel Dário é um oficial combatente e já comandou o BOPE.

Mas, é realmente uma missão dificílima e os motivos são vários:

1) A tropa anda insatisfeita e a sociedade também.

2) A tropa quer segurança para trabalhar e viver e a sociedade quer viver com segurança.

3) O modelo de segurança pública do País é obsoleto.

4)  violência é um mal nacional.

E, para piorar, nos últimos anos a segurança pública em Alagoas serviu de trampolim político e foi manipulada em benefício de candidatos e grupos políticos.

Colocar ordem nessa desordem não é missão fácil. A tropa está mais preocupada com a PEC 300 – que a irresponsabilidade política propôs com fins eleitoreiros.

Em todo caso, o coronel Dário que eu conheço não é de dar meia-volta nem ensarilhar as armas. Se o coronel Dário César falhar é porque a Polícia Militar como um todo falhou e disto tenho absoluta certeza.

Ao novo comandante da PM os votos de sucesso!