Enquanto o candidato a senador, Benedito de Lira (PP), dança no palanque – literalmente – o governador Téo Vilela (PSDB), candidato à reeleição, tira o maior sarro com os adversários no programa eleitoral tucano.
Para ilustrar a denúncia de que, antes do governo dele, nenhuma indústria se instalou em Alagoas, Téo faz a ressalva e entra em cena o picolé Caicó – que é a exceção; a única indústria que se instalou em Alagoas foi mesmo o Picolé Caicó.
Pior que é verdade; o que poderia ser apenas exagero da campanha eleitoral passa a ser a dura realidade vivida pelo Estado onde o projeto de governo parece se confundir com plano de assalto ao erário.
A década de 90 foi perdida; além de não atrair investimentos industriais, Alagoas ainda perdeu a Comesa – que o Grupo Gerdau dividiu em duas para ampliar suas unidades no Ceará e em Pernambuco.
Também perdeu a cervejaria para Sergipe e a fábrica de helicóptero foi quimera de uma noite tenebrosa.
A dança do Biu pode não levá-lo ao Senado, mas, somado à estratégia de Heloísa Helena pregando o segundo voto nela mesa deve mexer muito com os números finais.
Já fizemos aqui a projeção e cabe repetir: imaginemos que Heloísa Helena tenha 200 mil e que a metade dos seus eleitores votou nela duas vezes – e isto daria 100 mil votos, que não iriam para ela, é verdade. Mas, também não iriam para ninguém; seriam 100 mil votos retirados da concorrência.
Captaram a mensagem?
Aí, com a dança do Biu e o picolé do Téo a campanha eleitoral finalmente encontrou o tom. Afinal, o que dá pra chorar também dá pra sorrir.
Literalmente.