O Ibope concluiu neste domingo a pesquisa de intenção de votos para o governo de Alagoas. O resultado será divulgado terça-feira à noite.

Mas, a bisbilhotice humana produz ti-ti-ti e ti-ti-ti leva a especulações – que podem ser para mais ou para menos.

Daí, o ti-ti-ti diz que o candidato A continua A, mas o candidato que era C pulou o B. Outros dizem que o C encostou no B.

O que o amigo internauta acha?

1) O candidato A continua A

2) O candidato que era B agora é C

3) O candidato que era C agora é B

4) O candidato B é agora igual ao C


SAUDADES DO JORNAL DO BRASIL

No dia 5 de fevereiro de 1977, quatro dias antes de completar 26 anos de idade, eu desembarquei no Rio de Janeiro e estava ansioso; mais que isto, eu estava nervoso.

Já conhecia a cidade, mas, naquele dia 7 eu desembarquei no Rio para me apresentar no Jornal do Brasil; eu fui indicado pelo saudoso Freitas Neto e pelo grande Márcio Canuto – grande na estatura, no talento e no caráter.

O jornalista e professor da PUC-RJ, Juarez Bahia, era editor de Nacional do JB e ligou para o Márcio Canuto, que era editor-geral da Gazeta, pedindo para ele indicar um repórter para fazer o teste no JB; se passasse seria contratado como repórter.

O Márcio Canuto e o Freitas Neto, que era correspondente do “Estadão”, me indicaram. Numa tarde, quando cheguei à redação da Gazeta – que era na Rua do Comércio – o Márcio Canuto me mandou passar na Dreamar Turismo e pegar a passagem com o saudoso Ilmar Caldas, para o primeiro avião no dia seguinte.

Desembarquei no Rio extasiado. Era um sonho; imagine entrar na redação do JB, no prédio novo lá em São Cristóvão (Avenida Brasil, 500) e encontrar Paulo Henrique Amorim, Dora Krammer, Jorge Pontual, Roberto Benevides, Villas Boas-Correia, Marco Sá Correia, Willams Wack (correspondente do JB na Alemanha), Oldemário Touguinhó, Hedyl Valle Jr., Gilberto Paoletti, Arthur Xexéu e tantos outros cobras.

Fui me apresentar ao Juarez Bahia e me surpreendi; no birô dele estava um exemplar da Gazeta com a matéria que eu e o repórter fotográfico Helder Monteiro (irmão do Dárcio) fizemos contando sobre os últimos dias de Lampião.

- Essa matéria é sua?

- É

- Resuma tudo isso numa lauda. Pode pegar aquela máquina ali.

Gelei. Era uma página e resumir tudo numa lauda, que tem 25 linhas, me parecia impossível. Realmente, eu demorei muito e quando consegui o Juarez pegou o texto e me disse:

- Leia o manual de Redação.

No manual de Redação do JB estava escrito que o bom lead tem trinta palavras e o lead excelente tem vinte e cinco.

Mas, com vinte e cinco ou com trinta palavras, no lead tem de constar as respostas às cinco perguntas kimplinianas. Não é fácil. Mas, apesar das observações do Juarez, que vetou o texto e mandou que eu redigisse outro, e depois outro até aceitá-lo, eu passei no teste.

Não acreditei quando peguei a Carteira de Trabalho e conferi o registro: Repórter II. Como Repórter II, se todos começam como Repórter III?

Não sei; só sei que fiquei doze anos no JB. De fevereiro de 1977 a outubro de 1989! Foi minha maior escola.

Na semana passada conversei pelo telefone com o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que foi meu colega na Ufal. Ele me perguntou se eu tinha guardado “aquela matéria sobre Lampião” e eu respondi que não; que não tinha nenhum exemplar.

- Aquela matéria era para você ganhar o Prêmio Esso – disse-me o Aldo.

Bondade do companheiro Aldo Rebelo; eu nunca escrevi nada para o Prêmio Esso. Em compensação, com aquela matéria eu ganhei o emprego no Jornal do Brasil.

NR - Na conversa com o deputado federal Aldo Rebelo ele lembrou a época da Ufal e a  "Equipe Mao Tse Tung", das aulas de Sociologia do saudoso professor Salomão de Barros Lima. Disse que, naquela época  (1975) "quem tinha juízo tinha medo. E a gente tinha medo, mas não tinha juízo". E perguntou pelo Alberto Casado e o Péricles Gama; disse-me que da turma só encontrava mesmo como o  Beto Jucá - que é assessor e primo do governador Téo Vilela. Pois bem; li na coluna do competente jornalista Flávio Gomes de Barros que, nesta segunda-feira, será a missa de sétimo dia da morte do Péricles - que era promotor aposentado. A missa será na Igreja Menino Jesus de Praga, no Jardim das Acácia. Meus pêsames à família.