O Tribunal de Justiça comprovou que a operação das Letras Financeiras de Alagoas, lançadas no mercado em 1995, foi fraudulenta e a fraude causou prejuízo de R$ 587 milhões ao erário estadual.

Ao assumir o governo do Estado, em 2007, o governador Téo Vilela (PSDB) denunciou o rombo de R$ 480 milhões nas contas públicas.

Somando-se os dois rombos tem-se 1 bilhão de reais de rombo em 12 anos de mandatos de dois governadores, do que se deduz: é rombo demais para um Estado tão pobre.

Pobre? Sei não...

É da natureza jurídica que o Estado jamais vai falir, mas é também da natureza econômica que o Estado tem de arranjar o meio de acertar suas contas.

Em 1994 a dívida externa de Alagoas era de R$ 2,5 bilhões; em 1997, quando assumiu o governo, o Téo encontrou a dívida em R$ 7 bilhões e o Estado estava no Cadin – que o Cadastro de Inadimplente, espécie de Serasa dos Estados.

Por conta de estar no Cadin, Alagoas só tinha direito a receber bom dia, boa tarde e boa noite do governo federal.

O governo Téo Vilela colocou as contas em dia, mesmo sendo obrigado a pagar R$ 40 milhões de juros todos os meses – que é outra herança maldita deixada pelo descalabro.

É preciso dizer, por dever de justiça, que se Alagoas recebeu dinheiro federal é mérito do atual governo – que pagou a conta da irresponsabilidade alheia; que não reteve mais o dinheiro dos municípios, nem o dinheiro do funcionalismo com empréstimos consignados.

Depois de colocar ordem na desordem financeira e fiscal, se o governador Téo Vilela se reeleger vai usufruir do trabalho que produziu; e se não se reeleger vai deixar para o sucessor um Estado que deixou de ser caloteiro, corrupto, irresponsável e perdulário - como nunca se viu!

Tô certo, ou tô errado?