Milhares de brasileiros fazem da estrada o seu ponto comercial, vendem de tudo para os que passam viajando. A diversidade ofertada vai da feijoada à cerâmica. Em Alagoas não é diferente, as estradas também fazem a diferença na vida de muitos. Em todo o litoral alagoano (Norte e Sul) é comum ver barracas e instalações de famílias que fazem da estrada o seu ponto e do turista o seu cliente.

As especiarias da culinária nordestina, como: cocada, bolos, doces caseiros, sequilos, tapiocas e até frutas locais são comercializadas nas estradas por diversas famílias, que fazem do mercado informal o seu “ganha pão”.

Existe também quem ganhe a vida – ou parte dela- nas avenidas da capital Maceió, de um lado a outro das praias é possível conferir ambulantes que dentre os produtos oferecem: óculos escuros, tira-gostos, água de coco e muito mais.

Outro, e não por isso menos importante, é o comércio de bijuterias praianas oferecido por alguns hippies locais. As pulseirinhas e brincos feitos de fio encerado com ponto de macramé, próprios para quem gosta de cor, durabilidade e diversidade de modelos, “um prato cheio” para o turista que quer levar uma lembrança boa, bonita e barata.

Para Emerson Padilha, universitário e fabricante de produtos em ponto de macramé, “o turista, muitas vezes, se torna o principal público porque ele valoriza muito mais o nosso produto, assim vendemos pelo valor que o trabalho merece e saímos os dois contentes: eu por ter meu trabalho reconhecido, ele por ter adquirido uma peça legal e que vai servir de lembrança”.

Já entre os que ganham a vida formalmente nesse mercado que o turista “faz a vez” estão as tapioqueiras e os lojistas das feirinhas de artesanato, como a da Pajuçara, o Pavilhão do Artesanato e a vila do Pontal da Barra, que apesar de também atingir o comércio local, tem como público-alvo o turista.

Lá, o turista pode encontrar roupas feitas por rendeiras, chapéus de palha, sandálias personalizadas, roupas de banho, camisetas de lembrança da vinda à Maceió, artesanato local (peças de barro, cerâmica, palha e madeira).

Para Carolina Azevedo, lojista da Feirinha da Pajuçara, o turismo é o que realmente movimenta o mercado do artesanato. “O turista vem a Alagoas para conhecer as praias e o artesanato, por isso, valoriza o nosso produto, o que o torna a primeira fonte de renda para o artesão no Estado, somando cerca de 90% na contribuição da renda familiar”, disse.

Sem dúvida, o turismo atinge diversos setores da economia local. De acordo com a secretária de Estado do Turismo, Daniele Novis, o turismo em Alagoas realmente é uma porta aberta para comerciantes formais e informais.

“A atividade turística é muito dinâmica e se interliga com todo o comércio e prestação de serviços. Por ser o segundo segmento que mais contribui com a geração de emprego e renda, movimenta a economia do Estado, e abre portas e possibilidades”, explica.