O resultado do julgamento da ação contra a candidata a senadora, Heloisa Helena (Psol), mostra que os homens da capa preta do Tribunal Regional Eleitoral não estão de brincadeira.
A sentença considera que o autor da ação, e também candidato a senador Ildefonso Lacerda (PRTB), agiu de má-fé e lhe aplicou multa que vai do mínimo de R$ 5 mil ao máximo de R$ 25 mil.
Lacerda diz que agiu por conta própria e repele veementemente a condição de laranja, mas a ação contra Heloísa deixou outra impressão. E o Tribunal julgou a motivação – o que é boníssimo para democracia.
E para a sociedade.
Lacerda não pareceu candidato ao Senado; pareceu candidato a marcar Heloísa. No programa eleitoral, Lacerda vai ser o marcador de Heloísa - mas, que tolice; Heloísa é igual ao Collor – eles não têm eleitores; têm fãs.
Os votos de Heloísa Helena ninguém tira. Podem falar dela o que falar - que é besteira pelejar.
E cuidado porque a pregação dela, quase messiânica, em favor do segundo voto nela mesma pode fazer um estrago maior do que se imagina. É uma questão de Matemática, numa equação simples.
Donde: HH tem 200 mil votos e100 mil de seus eleitores votaram nela duas vezes. Sabendo-se que o segundo voto em HH é nulo, então HH tirou 100 mil votos do adversário. Sacaram a jogada?
Tem neguinho doido com a trama.
São coisas da política e a eleição para o Senado – não esqueçam – tem outra característica para o eleitor.
Faço o amigo internauta suas próprias contas como se utilizasse progressões: em relação ao adversário HH segue em progressão geométrica – e os adversários em progressão aritmética de razão igual a 2.
Ou seja: para cada dois votos do mesmo eleitor de HH, menos 1 para os demais.
Não é D +?
Sim, tinha esquecido: o Idelfonso Lacerda fez igual ao jogador que leva cartão vermelho antes de entrar em campo. Idelfonso é o primeiro "ficha suja" da eleição de 2010, porque foi condenado por um colegiado.