Não vamos entrar no mérito da questão, ou seja, não vamos analisar a questão do ponto de vista da legislação eleitoral vigente. Vamos analisar pelo ângulo da praticidade para concluir se foi certo a coligação do candidato a governador Ronaldo Lessa (PDT) censurar a música do candidato a governador Fernando Collor (PTB).

Foi certo?

Uma coisa é certa: depois de lançada e assimilada, toda música vira eterna. E numa época em que o computador comanda o produto e a ação, imaginem quantas cópias da música da campanha do Collor não foram tiradas!

O candidato está proibido de usar a música, mas o eleitor dele não. E como nem a mais poderosa indústria fonográfica é capaz de deter a pirataria, então, a censura à música do Collor é uma medida inócua do ponto de vista prático.

É verdade: o poder da música é grande demais. Mas, quando uma simples música de campanha preocupa o adversário é porque esse adversário está fora do tom.

Não está, com certeza, em tom maior.

O que o amigo internauta acha: foi certo a coligação do Lessa censurar a música do Collor?