O promotor Flávio Gomes pediu garantia de vida para o major do Corpo de Bombeiros, que denunciou o roubo de donativos para as vítimas das enchentes em Alagoas e prendeu em flagrante um capitão e um tenente da corporação.

O major foi ameaçado de morte.

E é bom tomar cuidado mesmo, porque tudo indica que tem um político envolvido no esquema. Também porque, graças a ação desse major, a polícia se quiser pode esclarecer outros roubos.

O secretário Paulo Rubim convocou o major para trabalhar diretamente com ele. Enquanto Rubim for secretário, tudo bem. Mas, e depois?

Daí, é importante que se revele o nome do político que foi até o galpão alugado à Secretaria de Educação para defender os dois oficiais presos.

Até agora só o soldado teve o nome revelado, mas, há dois reparos a se fazer:

1) O caso do soldado nada tem a ver com o roubo no galpão.

2) A explicação de que o nome do soldado foi revelado porque ele foi preso em flagrante não convence; o capitão e o tenente também foram presos em flagrante e soltos pela ação desse político – que é dono da empresa de vigilância responsável pela segurança do galpão.

A ação do major, denunciando o roubo de donativos, levou a descoberta de que essa empresa de vigilância continua prestando serviços para o Estado, apesar de o Ministério Público ter recomendado a suspensão do contrato.

É aí que mora o perigo.