Um informante do blog garantiu que a carreta com 20 mil pares de sandálias Havaianas, enviadas diretamente da fábrica para os flagelados das enchentes em Alagoas e Pernambuco, só entrou no galpão no Barro Duro – e saiu sem que ninguém (?) visse.
A fonte disse também que o desvio dos donativos vem desde o dia que o galpão, que está alugado à Secretaria Estadual de Educação, foi usado para guardar os donativos, à revelia do comando do Corpo de Bombeiros – o comandante, coronel Neutônio, disse que não sabia da existência do galpão.
O informante também disse que a empresa Vipal, que presta serviços de segurança à Secretaria de Educação, não poderia ter sido contratada; o Ministério Público desautorizou a contratação da empresa.
O atual secretário estadual da Educação, Rogério Teófilo, negou ter contratado a Vipal; quando ele assumiu a secretaria, já encontrou a empresa lá.
Se não foi contratada pela atual administração, então se deduz que a Vipal foi contratada na gestão anterior de Rogério.
E por que foi contratada, mesmo com a recomendação do Ministério Público? Não sei; só sei que foi assim.
Nesse episódio do desvio de donativos para os flagelados, sob a guarda do Corpo de Bombeiros, tem muita coisa nebulosa.
Vejamos:
1) Quem mandou guardar os donativos no galpão alugado pela Secretaria da Educação?
2) O caso do soldado denunciado como suspeito de desviar donativos não tem a ver com os roubos no galpão no Barro Duro; uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Há duvida quanto a veracidade da denuncia contra o soldado; a dúvida é se ele não está sendo usado para abafar o grande roubo registrado no galpão clandestino. Será?
Finalmente, a fonte do blog, que é um delegado de polícia atuando no Interior do Estado, alertou que se a investigação não quebrar o sigilo telefônico e bancário dos oficiais suspeitos de participarem da quadrilha, então o resultado da investigação estará prejudicado.
Com a quebra do sigilo telefônico dos oficiais – ensina a fonte – é possível descobrir quem foi o político que esteve no galpão clandestino, qual o interesse de ir lá e coisa e tal.
O procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, garantiu que a apuração será rigorosa. Pois então, a sugestão da fonte para se quebrar o sigilo telefônico e bancário desses oficiais será prontamente atendida.
Até porque é a condição sine qua non para se apurar realmente os crimes.
Sim; a fonte do blog também disse que desviaram dinheiro. O desvio se deu mediante despesas forjadas para aquisição de – acredite – “donativos” para os flagelados.
Gente! O buraco é do tamanho do mundo!