Para o candidato a governador pela Frente de Oposição, Ronaldo Lessa (PDT), a indefinição quanto a legitimidade de sua candidatura é um tormento.
A duvida, ainda que com chance de ser dissipada, é o toque martelando a cabeça do candidato – e de quem está perto dele.
Gostaria de estabelecer o debate sobre a legitimidade, ou não, da candidatura de Lessa, porquanto muitos dos internautas que nos honram com a leitura do blog têm mais capacidade que o blogueiro.
Ao blogueiro cabe propor o debate, mas peço licença para dar minha opinião em primeiro: eu acho que o Lessa não vai sair candidato.
Simples: se eles não tivessem certeza da ilegitimidade da candidatura de Lessa, o senador Fernando Collor (PTB) não teria se lançado candidato ao governo.
Collor quer assumir a liderança da oposição em Alagoas e o PTB faz o jogo que se tornou trivial - o partido está ao mesmo tempo com Dilma e José Serra; quem ganhar lhe dará a fatia do bolo federal.
Há duas semanas almocei com o jornalista Joaldo Cavalcante, um dos mais sério e competente profissional da Comunicação, e ele estava muito seguro quanto à legitimidade da candidatura de Lessa.
- A lei não tem efeito retroativo para prejudicar e o Ronaldo (Lessa) já cumpriu a pena imposta, que foi de três anos.
Essa é a tese da defesa de Lessa.
A outra tese aponta para desmistificação da Lei do Ficha Limpa – que, segundo eles, não veio para punir, mas para estabelecer critérios.
Imaginemos que o resultado seja desfavorável a Lessa e a coligação “Frente de Oposição” seja desfeita. O que pode acontecer, alguém sabe?
Por exemplo: pode-se formar nova coligação com outro candidato mojoritário?