O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandovski, desfez ontem a dúvida: o eleitor não deve votar no mesmo candidato a senador, porque o segundo voto será nulo.
Quer dizer: não deve, mas pode se não tiver a segunda opção para o Senado.
Este ano o eleitor vai votar duas vezes para senador e deve escolher dois nomes: fulano e sicrano; se quiser votar só no fulano já sabe que só vai valer um voto – o outro será nulo.
O ministro Ricardo Lewandovski disse isto a jornalistas Teresa Cristina, aqui do Cada Minuto – que, aliás, deve ser a única que abordou o assunto tão pertinente.
Candidata ao Senado, a vereadora Heloísa Helena (PSOL) prega o segundo voto nela mesma e essa é uma estratégia que incomoda por dois motivos:
1) Heloísa recebe um voto
2) Heloísa anula o voto do concorrente.
Vamos imaginar que Heloísa Helena tenha 200 mil votos e desses 100 mil votaram nela duas vezes. Isto significa que os concorrentes perderam 100 mil votos assim, de cara!
Pense no estrago...
Sendo assim, vale a estratégia. Numa eleição, para ganhar não basta somar - é preciso também desfalcar o adversário.