Nunca se viu eleição tão fria quanto este ano, em Alagoas. O marasmo é total e vai da Capital ao Interior; são raras as manifestações de candidatos e até dá para contar nos dedos.
Comparando-se com outros anos, nem parece que teremos eleição este ano. Até mesmo para a imprensa está complicado produzir matérias; se não fosse a lei do Ficha Limpa não se teria absolutamente assunto para manchete.
E qual o motivo desse marasmo?
Há várias explicações. Uns explicam que a derrota da Seleção Brasileira na Copa do Mundo arrefeceu os ânimos do eleitor; outros que o dinheiro está curto e ninguém quer esbanjá-lo e há quem diga que ainda é cedo para colocar o bloco na rua.
Sinceramente, não consegui ainda entender o marasmo. Com três grandes nomes disputando o governo do Estado, não dá mesmo para entender.
Faltando 80 dias para a eleição é de se estranhar tamanha frieza. Por que será mesmo?
Uma coisa está me chamando a atenção pela coincidência e, sobretudo, porque não existe coincidência; nada coincide com nada.
Trata-se da drástica redução no número de assaltos a agências bancárias e aos postos dos Correios em ano eleitoral. Na eleição em 2008, nessa mesma época, já tinha sido registrados mais de 60 assaltos; na eleição de 2002 foram mais de 80 assaltos e na eleição de 2006 bateu-se o recordo nacional com mais de 100 assaltos.
Este ano, faltando menos de três meses para a eleição, ocorreram apenas oito assaltos! Quer dizer: entre a eleição de 2006 e esta em 2010, Alagoas saiu do primeiro lugar nacional no ranking de Estados com maior número de assaltos a bancos, para o último lugar.
O que houve?
Taí uma pauta boa para a imprensa e um tema para os cientistas políticos destrincharem com mais propriedade. Será que o marasmo na eleição este ano em Alagoas deve-se a redução drástica no número de assaltos a bancos?
O que o amigo internauta acha?